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Campanha em Anderton – Cena 5

27/08/2010

Cena anterior: Campanha em Anderton – Cena 4

Minha cabeça ainda dói, mas, não há tempo para esperar que ela melhore, preciso continuar a história. Aonde tínhamos parado mesmo?…Hmmm… Ah sim, fomos encontrados no lago! Isso foi realmente bem estranho…

Tratamos de voltar à cidade e reportar os acontecimentos a meu pai e a Gajan, para que eles pudessem nos ajudar a encontrar algumas respostas. Porém, aparentemente, não sabiam nada demais. Tudo ficara ainda mais misterioso… Mas oras, quem se importa quando se está de volta ao seu “lar, doce lar” e se pode beber um bom vinho no aconchego de sua lareira?

Mas eu, que pensara que já havia feito o bastante para requerer merecidas férias, fui encarregado de uma estranha missão, que, confesso, me agradou: vigiar a cidade durante a noite, em especial uma casa, de luzes vermelhas onde eu tenho muitas boas e velhas “amigas”… Uma volta triunfal para casa!

No caminho até a parte baixa da cidade, onde deveria fazer minha rota, cruzei com aquele cara… Aquele que encontramos na toca dos goblins, que… Qual o nome dele mesmo? Ah, quem se importa? Eu estou na história, não liguem pra ele!

Bem, ele me dizia que iria comprar panelas (que ótimo programa para um fim de noite, não?), e eu pedi para que ele me ajudasse na guarda da cidade durante a noite (assim eu poderia ficar mais a vontade na casa de minhas “amigas” e deixaria ele cuidando da segurança…Um plano perfeito! Até porque a cidade era bastante calma, não entendi realmente o porque dessa missão tão repentina, então tudo ia ficar bem).

De fato, tudo ia realmente bem, até ouvirmos um grito de mulher vindo dos fundos da casa. Corri imediatamente para verificar: um assassinato havia acontecido. Uma das garotas havia sido morta, aparentemente sem motivo, e com um golpe certeiro. Na mesma hora procuramos por rastros que nos levaram a um misterioso homem que, ao perceber nossos movimentos, se colocou a fugir. Perseguimos ele por ruas, vielas e telhados . O homem era habilidoso. Quando pensamos que havíamos conseguido encurralá-lo ele estava pronto, e nos botou em meio a uma armadilha. Ele escapara.

Nem bem tive tempo de me recuperar, e outro assassinato fora reportado: outra garota da casa vermelha havia sido morta, próxima a uma ponte. Tudo era muito estranho. Fogo fora ateado em uma das casas. Nesse momento, Arywane e Aramis já se encontravam comigo, ajudando nas investigações e na perseguição e em apagar o fogo que fazia a população deixar suas casas e causar um grande tumulto.

Meu pai sem duvida havia um forte motivo para ter me enviado lá, mas, por que não me contou nada? Além disso, todos os relatos ligavam o meu nome aos acontecimentos, dizendo que eu havia marcado encontro com as meninas… Ora, é verdade que eu gostava daquelas garotas, que já havia prometido muita coisa a elas, e que abusara um pouco da bebida algumas vezes, mas me lembraria de ter marcado um encontro com elas… Por quê? Quem está tentando me incriminar e por quê?

Levamos os corpos até Gajan para que eles fossem sepultados, a cidade estava em polvorosa com os acontecimentos, queriam uma solução, queriam um culpado… E eis que escolheram um: na porta de minha casa, suja de sangue, um rastro de morte levava até o quarto de meu pai… Lá, inerte, sujo por partes de corpo de mais uma das mulheres da casa que eu freqüentava, estava o próprio, Balzac.

É claro que não foi ele que fez aquilo, é claro que eu também não tinha nada a ver com toda essa história, e é claro que alguém armou para nós. Mas ele não dizia nada.

A cidade batia à porta, porcos sujos o acusavam, o homem que deu a vida para que eles pudessem viver em harmonia nessa cidade, de ter cometido tal crime. Ingratos… Pessoas que não conseguem enxergar o que meu pai fez por eles, cospem pra cima, sem lembrar que o cuspe cairá em suas próprias cabeças.

Uma mistura de ódio, indignação e ao mesmo tempo medo, por não entender tudo aquilo, passavam pela minha cabeça. Meu pai, que me protegera tanto durante toda minha vida e me proporcionara uma vida de paz e de bon vivant, não me preparou para viver esse horror… Esse inferno…

Eu vi o assassino, não pude reconhecer sua face, mas eu vou pegá-lo, e mostrar pra esses idiotas que estão acusando as pessoas erradas. Eu me entrego, sim, podem levar a mim. Vou com meu pai, que é inocente também, aonde ele for. Não tenho medo, porque esse desejo de vingança, pelo que você, seja lá quem for, fez, vai me manter vivo e eu vou continuar…

…e vou te pegar!

 

Próxima Cena: Campanha em Anderton – Cena 6

3 Comentários leave one →
  1. 09/09/2010 15:11

    Assassinatos misteriosos…
    Alain se entregando para tentar provar a inocência do pai.

    Será Balzac o verdadeiro responsável pelos assassinatos?
    Será Alain o verdadeiro culpado?

    Quem mais teria interesse em assassinar essas pessoas?

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