Storyteller
Como escrevi no post sobre “mulheres e rpg”, muitas vezes um sistema que prime a interpretação é mais interessante para o início de uma promissora carreira nerd do que um rpg puramente combativo.
E para ter maior aprofundamento no tema, decidi postar algo sobre o mais famoso e jogado dentre eles o Storyteller.
Criado por Mark Rein Hagen da editora White Wolf, utiliza-se do sistema D10 e é extremamente interpretativo. Ele tem como um grande diferencial, um prelúdio criado pelos próprios jogadores que chegam à sessão já com uma base da história de vida de seus personagens(o que além de estimular um apreço ao personagem jogador, dá vários ganchos para ajudar o trabalho do narrador).
O cenário principal do sistema em questão é o “Mundo das Trevas”( World of Darkness), um cenário originalmente punk-gótico passado no final do século XX, extremamente parecido com o mundo em que vivemos hoje, mas visto sob uma luz mais pesada e sombria.
Os humanos de uma forma geral nesse mundo servem apenas de joguete nas mãos de criaturas mais poderosas e em sua maioria imortais(como vampiros,fantasmas, lobisomens, etc). Os poucos dentre a nossa raça que conseguem se sobressair são os “magos”.
Por falar em magia, nesse cenário ela é tratada de uma forma diferente da maioria dos outros RPGs. Ela acaba por ir subtraindo daqueles que se utilizam dela, a pouca humanidade restante neles.
O interessante é notar as interações socio-culturais do mundo, com divergências ainda maiores do que as do nosso. Corrupção, submundos, miséria, tirania e opressões, são praticamente fundamentais.
Ele funciona como ambientação de vários jogos de storyteller como:
Vampiro – A Máscara; Lobisomen – O Apocalipse; Mago – A Ascenção; Changeling – O Sonhar, dentre outros.
Sobre a jogabilidade do sistema D10, é diferente do que a maioria dos rpgistas estão acostumados.
É trabalhada uma comparação entre pontos e dados, onde cada ponto em um atributo é uma rolagem de D10. Um personagem com 5 de força por exemplo, jogaria 5 dados em uma ação que exija um teste de força.
De uma forma geral, é um bom sistema, recomendo imensamente à aqueles que como eu, não dispensam uma boa interpretação.
Para a criação da história do seu personagem vale de tudo, principalmente uma rápida inspiração nos escritos de Anne Rice, rs.
Boa diversão à todos, e espero ter sido de alguma ajuda.
Meu conhecimento em Storyteller é mínimo.
Joguei apenas uma vez uma partida one-shot contemporânea.
Havia um cigano (eu), um policial e outro personagem que não lembro o que fazia da vida.
A diversão do jogo foi no final eu ter pintado o carro do policial todo de rosa! hahahaha
Foi nessa sessão que houve a histórica soneca do nosso amigo (em off, não interpretando) enquanto a gente jogava. O narrador tava conversando com ele e ele dormiu! Incrível.
Bom, nem lembro muito sobre o sistema.
O que é ótimo pra mim, porque ele deu base pra nossa interpretação.