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Storyteller

09/09/2010

Como escrevi no post sobre “mulheres e rpg”, muitas vezes um sistema que prime a interpretação é mais interessante para o início de uma promissora carreira nerd do que um rpg puramente combativo.

E para ter maior aprofundamento no tema, decidi postar algo sobre o mais famoso e jogado dentre eles o Storyteller.

Criado por Mark Rein Hagen da editora White Wolf, utiliza-se do sistema D10 e é extremamente interpretativo. Ele tem como um grande diferencial, um prelúdio criado pelos próprios jogadores que chegam à sessão já com uma base da história de vida de seus personagens(o que além de estimular um apreço ao personagem jogador, dá vários ganchos para ajudar o trabalho do narrador).

O cenário principal do sistema em questão é o “Mundo das Trevas”( World of Darkness), um cenário originalmente punk-gótico passado no final do século XX, extremamente parecido com o mundo em que vivemos hoje, mas visto sob uma luz mais pesada e sombria.

Os humanos de uma forma geral nesse mundo servem apenas de joguete nas mãos de criaturas mais poderosas e em sua maioria imortais(como vampiros,fantasmas, lobisomens, etc). Os poucos dentre a nossa raça que conseguem se sobressair são os “magos”.

Por falar em magia, nesse cenário ela é tratada de uma forma diferente da maioria dos outros RPGs. Ela acaba por ir subtraindo daqueles que se utilizam dela, a pouca humanidade restante neles.

O interessante é notar as interações socio-culturais do mundo, com divergências ainda maiores do que as do nosso. Corrupção, submundos, miséria, tirania e opressões, são praticamente fundamentais.

Ele funciona como ambientação de vários jogos de storyteller como:

Vampiro – A Máscara; Lobisomen – O Apocalipse; Mago – A Ascenção; Changeling – O Sonhar, dentre outros.

Sobre a jogabilidade do sistema D10, é diferente do que a maioria dos rpgistas estão acostumados.

É trabalhada uma comparação entre pontos e dados, onde cada ponto em um atributo é uma rolagem de D10. Um personagem com 5 de força por exemplo, jogaria 5 dados em uma ação que exija um teste de força.

De uma forma geral, é um bom sistema, recomendo imensamente à aqueles que como eu, não dispensam uma boa interpretação.

Para a criação da história do seu personagem vale de tudo, principalmente uma rápida inspiração nos escritos de Anne Rice, rs.

Boa diversão à todos, e espero ter sido de alguma ajuda.

One Comment leave one →
  1. Chico "Aramís" Napolitano permalink*
    14/09/2010 11:44

    Meu conhecimento em Storyteller é mínimo.

    Joguei apenas uma vez uma partida one-shot contemporânea.
    Havia um cigano (eu), um policial e outro personagem que não lembro o que fazia da vida.

    A diversão do jogo foi no final eu ter pintado o carro do policial todo de rosa! hahahaha

    Foi nessa sessão que houve a histórica soneca do nosso amigo (em off, não interpretando) enquanto a gente jogava. O narrador tava conversando com ele e ele dormiu! Incrível.

    Bom, nem lembro muito sobre o sistema.
    O que é ótimo pra mim, porque ele deu base pra nossa interpretação.

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